arTeira trakkinna

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amor filial:ADIVINHA QUANTO EU TE AMO, Fátima Miguez (Fund. do Livro Infantil e Juvenil)



Era hora de ir para a cama, e o Coelhinho agarrou-se firme nas longas orelhas do Coelho Pai. Ele queria ter certeza de que o Coelho Pai estava a ouvir.
-Adivinha quanto eu te amo ? - disse ele.
-Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar - respondeu o Coelho Pai.
-Tudo isso - disse o Coelhinho, esticando os seus bracinhos o máximo que podia.
Só que o Coelho Pai tinha os braços mais compridos. E disse:
-E eu te amo tudo isto !
Huuum, isso é um bocado, pensou o Coelhinho.
-Eu te amo toda a minha altura - disse o Coelhinho.
-E eu te amo toda minha altura - disse o Coelho Pai.
Puxa, isso é bem alto, pensou o Coelhinho. Eu queria ter os braços compridos assim. Então o Coelhinho teve uma boa idéia. Ele se virou de ponta cabeça, apoiando as patinhas na árvore.
-Eu te amo até as pontas dos dedos de meus pés !
-E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés - disse o Coelho Pai balançando o filho no ar.
-Eu te amo a altura de meu pulo ! - riu o Coelhinho saltando, para lá e para cá.
-E eu te amo a altura do meu pulo - riu também o Coelho Pai e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos das árvores.
-Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio - gritou o Coelhinho.
-Eu te amo até depois do rio até as colinas - disse o Coelho Pai.
É uma bela distância, pensou o Coelhinho. Ele estava sonolento demais para continuar a pensar. Então ele olhou para além das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite. Nada podia ser maior do que o Céu.
-Eu te amo ATÉ A LUA ! - disse ele, e fechou os olhos.
-Puxa, isso é longe disse o Coelho Pai. Longe mesmo !
O Coelho Pai deitou o Coelhinho na sua caminha de folhas. E então inclinou-se para lhe dar um beijo de Boa Noite.
Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo:
-Eu te amo até a lua... IDA E VOLTA !

ADIVINHA QUANTO EU TE AMO

Fátima Miguez (Fund. do Livro Infantil e Juvenil)


PARECER 1
O texto celebra o amor entre pai e filho aqui representados não por humanos, mas por dois coelhos, únicos personagens da história.

O fio condutor do enredo é a tentativa dos animais de mensurar o tamanho do amor que um sente pelo outro. É o filho quem inicia o diálogo na hora de dormir, no momento em que o pai vai acomodá-lo na cama.

As tentativas do filho de demonstrar o tamanho do amor, (usando o próprio corpo), esticando os braços, espichando o corpo e ficando na ponta dos pés, dando pulos cada vez mais altos, são sempre superadas pelas medidas do pai, maior e mais alto do que ele.

Quando se dá conta que o próprio corpo é muito pequeno para mensurar seu amor pelo pai, o filho procura no ambiente em que vivem outros elementos maiores do que ele. Assim compara o tamanho do seu amor com a estrada e com o rio até que descobre que nada é tão imenso quanto a distância entre a terra e a lua que brilha no céu e se dá por satisfeito. A história termina quando o pai acomoda o filho na cama de folhas e sussurra dizendo que também o ama até a lua, mas a distância de ida e de volta, ou seja, por mais que amor do filho seja grande, o do pai será sempre maior.

O autor consegue dar uma nova roupagem a um tema bastante desgastado e quase sempre conflitante: as relações entre pai e filhos. Histórias de pais que abandonaram filhos na floresta ou os confiaram aos cuidados de madrastas ciumentas foram muito exploradas na literatura, principalmente voltada para a criança desde os contos de fada. O autor, no entanto, consegue revigorar o tema ao abordar o amor na relação pai e filho, sem a presença da figura materna, que não só biologicamente, mas também por tradição mantém maior vínculo com os filhos em todas as culturas. O texto vem apoiado numa linguagem acessível à compreensão do leitor sem abrir mão da qualidade literária que se mantém na tradução do inglês para o português.

A ilustração em tons pastéis ocupando página inteira sobre a qual se insere o texto visualiza através de imagens o enredo, o que facilita a compreensão do leitor iniciante ao qual o texto supostamente se destina.

O formato quadrado do livro com páginas bem costuradas e arrematadas por capa dura dão ao leitor iniciante e ainda descuidado mais segurança no manuseio do objeto livro.

O tratamento do tema por um autor estrangeiro, abordando valores como o amor na relação pai e filho, por vezes esquecidos pela sociedade globalizada de consumo, mas fundamentais para a formação psicológica e emocional da criança, aliado às ilustrações e ao projeto gráfico justificam a escolha.

(Rosa Cuba Riche)

PARECER 2
Enquanto caminhavam para a cama, um Coelhinho e seu Coelho Pai iniciam uma travessia afetiva que reúne uma série de provas de amor. O enigma proposto pelo Coelhinho ao Coelho Pai é o seguinte: "Adivinha quanto eu te amo." Bem ao gosto do ser poético da infância, a questão é formulada como uma adivinhação onde a palavra manifesta-se de forma mágica, lúdica. O Coelhinho, que elabora a questão, é portador de um saber de natureza íntima, profunda. O Coelho Pai, no papel de adivinhador, deve esforçar-se para ampliar esse saber na condição de sábio, mais velho e mais experiente.

A questão proposta pelo filhote deixa o Coelho Pai constrangido sem uma saída imediata. O esperto Coelhinho, na tentativa de iniciar o Pai nessa experiência tão pessoal e necessária, apressa-se, "esticando os braços o mais que podia", e revela, nesse gesto, o tamanho do seu amor. Num passe de mágica, o Coelho Pai penetra no caminho dessa aprendizagem e estende os seus "braços mais compridos", ainda, afirmando que o seu amor pelo filho tem a extensão deste movimento do seu corpo. O Coelhinho, percebendo a amplitude desse amor, logo quer dilatar mais ainda a grandeza do sentimento e declara ao pai que o ama "toda a sua altura" de filhote bem esticado. O Coelho Pai, reduplicando o gesto do filho, estende-se ao máximo como prova desse amor. E, nesse bailado de afetos, as provas se sucedem e o Coelho filho vai compreendendo que o tamanho, o salto e a experiência do Coelho pai são sempre maiores e, portanto, conferem ao amor do pai uma dimensão mais extensa. Possuidor deste segredo, o Coelhinho adormece e o Coelho Pai abriga a sabedoria deste afeto.

Qual é o tamanho do amor? É possível medir a extensão dos nossos sentimentos? Eis as questões cifradas nesta filosófica fábula que reúne uma sábia aprendizagem: a necessidade da experiência afetiva, através de sucessivas provas, permite a cada ser elaborar a construção do seu amor.

O livro Adivinha quanto eu te amo, de Sam MacBratney, foi publicado originalmente em inglês e teve a sua primeira edição em 1994. As ilustrações de Anita Jeram resultam numa narrativa visual, com a leveza dos traços, a movimentação das cenas, que evolui paralelamente à do texto escrito. O lirismo do tema abordado é acentuado pela arte das ilustrações, inspiradoras de um deleite estético. O projeto gráfico também integra-se, perfeitamente, a qualidade do texto.

As fábulas estão relacionadas aos tempos inaugurais da Humanidade e sempre atraíram gerações e gerações de leitores. Adivinha quanto eu te amo é uma fábula moderna que traduz conhecimentos essenciais da natureza humana na atemporalidade sua força mítica. Sem dúvida, as crianças- leitoras brasileiras precisam ler e penetrar na universalidade desse fabuloso imaginário.

(Fátima Miguez)


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Adivinha quanto eu te amo.

Sam MacBratney. Il. Anita Jeram. Trad. Fernando Nunes. São Paulo:Martins Fontes,1996. 36p. Capa dura. (23 x 26 x 1cm - 350 gr)

Láurea "Altamente Recomendável - Tradução para a Criança" - 1996 - FNLIJ


Fundação do Livro Infantil e Juvenil
http://www.fnlij.org.br/

domingo, 31 de outubro de 2010

Fazendo biscuit country com Linda Santos: aprendendo e me superando



Nunca deixe que te coloquem para baixo

Estava me sentindo muito deprimida com sucessivos fatos profissionais que estavam deixando a auto estima muito baixa.
Um dia, comecei a fazer uma retrospectiva de minha vida e me veio a tona recortes da adolescência. Lembrei-me que sempre lutei muito para ser e ter o melhor. É verdade que, nesta época, lutava mais para ter.Vivia em condições miseráveis, pobreza e muita fartura(fartava tudo).Mas não me faltava coragem e determinação.Eu queria me vestir, namorar, freqüentar lugares, enfim, ter os mesmos direitos que as outras meninas e meninos de classe média tinham.
Eu era uma menina bonita.De cabelos negros, lisos e longos e um corpo escultural. Muito mocinha, vendia alumínio em dias de feira,sobre uma lona estirada no chão e levava cantada de homens nojentos, mal cheirosos,com características pedófilas,as quais eu fingia não escutar. Entretanto, nas festas do colégio onde estudava ou outros eventos sociais eu virava cinderela, com direito a perfume, roupas bonitinhas e leves paqueras com os meninos mais desejados.
Não era só alumínio que eu vendia para ter uma vida melhor.Durante a semana fazia muito artesanato, com destaque para crochet e bordados e a noite viajava e sonhava atraves dos livros. Virava as madrugadas, com um cotoco de vela acesa( não tinhamos energia elétrica), lendo, sob os protestos de minha mãe, que reclamava e reclamava, com medo que a casa pegasse fogo ou que eu ficasse como "Martim Doido", o qual ficou tantã de tanto ler.

Por que eu estava divagando nas minhas lembranças?
Veio a idéia de resgatar o gosto pelo artesanato. Crochet? Bordado? Não! Nada disto me encantava mais, talvez porque me lembrassem que os fazia por mera necessidade.

Na verdade eu queria fazer arte. Aproveitar a habilidade manual que tenho associada ao desejo de representar o mundo através da capacidade estética.
Pensei, então, em aprender a modelar porcelana fria( famoso biscuit). Queria aprender a técnica e começar a criar minhas próprias peças.
A despeito de não querer copiar, dirigi-me a um centro de artesanato para aprender o manejo do material, as técnicas, materiais, etc.

Naquele dia me senti muito ignorante, mais que isto, destrocei mais e mais minha auto estima, pois a professora me disse claramente que eu nunca iria conseguir modelar qualquer coisa, haja vistas que minhas mãos eram quentes.Voltei para casa muito triste.
Um misto de decepção e de raiva. Como àquela professora, menina novinha, de gosto duvidoso, poderia dizer-me que eu não seria capaz?
Depois do processo de elaboração de minhas emoções me vi diante do PC, navegando em busca de informações acerca desta arte. Quem eu encontrei na net? Uma expert na artcountry. Me deslumbrei com tanta beleza, com tanta sensibilidade. Linda é o seu nome! Lindas são suas peças. De beleza ímpar: criadora e obra.

Ainda em êxtase me vi em Sampa, em dias de setembro. Diante de um conceito em biscuit disse para mim mesma: serei capaz de fazer algo similar? Mas eu ja sabia a resposta senão não estaria ali, diante de uma artista como Linda. Neste momento meu lado bruxa aflorou, tanto para o bom quanto para o mal sentido, rsrsrs. Já antecipava que seria capaz, sim, pois a professora não era só uma artista do biscuit, mas, na essência uma artista na vida e na arte de conviver e ensinar.Meu lado ruinzinha dizia: ah, professorinha que me fez infeliz por um instante, ah se você me visse agora!

Durante uma semana eu me deliciei com a companhia de mestras da porcelana fria: Moniquinha, Beth, Tania...quantos momentos engraçados junto com Linda, Linda Santos, a mestra da artcontry.

Posso não ser uma artista, mas mostrei para mim mesma que àquela professora me empurrou para frente, não me botou para baixo. Hoje agradeço a ela por ter me dito aquilo, pois não me limitei à mediocridade.

Minha bruxa, criada por Linda, bem como minha camponesa, e executadas por mim, com seu apoio, estão em seu ateliê, esperando minha volta. Deixei-as lá, não só para secarem, mas principalmente para ter mais um motivo para voltar.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Apócrifos na Paraíba: campanha suja

Apócrifo, de origem grega, relaciona-se a não autenticidade, ao que é oculto.
O que estão fazendo na Paraiba para denegrir a imagem do candidato a governador Ricardo Coutinho é de uma baixaria ímpar.
Fala-se que Ricardo fez pacto com o demônio e em homenagem a esta entidade teria fechado as entradas da cidade com esculturas satânicas.
Deixando toda questão ética de lado, o conhecimento de arte, a cultura afro brasileira e até mesmo a religião, por que nem valeria a pena discorrer sobre isto agora, já que os autores estão obcecados pelo poder a qualquer custo, pergunto: o que é mais demoníaco que esconder-se na escuridão da noite, em helicóptero, ou carros descaracterizados, para mandar recados tão sinistros à população?
Satanás é uma figura que se esconde nas sombras, que age na lama, que se acha acima do bem e do mal. E, alguém que escreve e distribui apócrifos o que é?
Uma pessoa que não tem coragem de assinar suas falas, que quer provocar ansiedade e medo em pessoas que se sugestionam ou que ingenuamente acreditam em algo desta natureza não é aliado de satanás, mas é o próprio, em atos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ARTESANATO:patch embutido

POLICIA MILITAR X POLICIA FEDERAL: BATALHA DA MAJÓR BELMIRO EM CAMPINA GRANDE

Está sendo chamada, pelos populares, transeuntes, etc., Batalha da Major Belmiro; o lamentável incidente ocorrido entre a Policia Militar da Paraíba e a Policia Federal, no ultimo dia 23 de outubro.

Contradições à parte a policia Federal emitiu nota, que segue:

"No dia 23.10.2020, por volta das 14:45hs dentre as várias informações que chegaram nesta Delegacia de Polícia Federal em Campina Grande, e que foram checadas, uma deu conhecimento de que na Rua Major Belmiro, 240, Bairro São José, nesta, estaria ocorrendo a prática de crime eleitoral consistente na distribuição de material irregular de propaganda eleitoral.

Em face dessa notícia, o Delegado de sobreaviso determinou que dois Agentes de Polícia Federal realizassem as diligências de forma discreta no local.

Quando os Policiais Federais ali chegaram, perceberam que naquela Rua encontravam-se Policiais Militares da CPTRAN, ROTAM, mas nada indicava que estavam realizando diligências referente ao mesmo objeto da denúncia.

Percebendo o grande movimento de pessoas em frente a uma determinada residência, os Policiais se identificaram e a dona da casa franqueou a entrada.

Na verificação no interior da residência os Policiais encontraram inúmeras bandeiras em fase de confecção, tendo a proprietária apresentado a nota fiscal para confecção de 1.000 bandeiras, pois tinha sido contratada para esse serviço, fornecendo cópia.

Após essa verificação e não sendo encontrado nenhum objeto ou material que caracterizasse a prática de crime eleitoral, os Policiais se prepararam para retornar à Delegacia.

No retorno, os Policiais Federais foram abordados na viatura por um cidadão à paisana que se identificou como Policial Militar e pediu a identificação dos Policiais Federais.

Os Policiais Federais se identificaram mostrando suas carteiras funcionais, mesmo assim o cidadão, que posteriormente vieram a saber tratar-se de um MAJOR, disse que teria de ser feita verificação na viatura, pois todos que transitavam naquela Rua estavam sendo alvo dessas vistorias.

Os Policiais Federais se negaram a abrir a mala da viatura sem que fossem informados do que eram suspeitos.

Logo em seguida outro cidadão, que também estava à paisana e que disse ser CORONEL, ali compareceu e manteve a determinação para abrir o veículo.

Naquela oportunidade os Agentes acionaram os Delegados de Sobreaviso, que compareceram e deram conhecimento da missão Policial.

Ainda assim o Coronel e o Major continuaram com as determinações da vistoria na viatura, impasse que só foi solucionado quando ficou acordado que a viatura seria levada à Delegacia do DPF onde poderia ser examinada, de forma que se comprovasse a lisura da ação policial e a inadequabilidade da insistência daquela vistoria sem que fosse apresentadas as suspeitas levantadas contra os Policiais.

Nesta Delegacia, na presença dos Policiais Militares, dos advogados e dos Agentes, o veículo foi aberto e nada de suspeito encontrado.

O Delegado de sobreaviso procedeu as oitivas para deliberar sobre instauração de inquérito para apurar possível abuso de autoridade, bem como encaminhamento das peças à Justiça Eleitoral para deliberar sobre eventual crime eleitoral e/ou abuso de poder em matéria eleitoral, diante dos fatos relatados.

Já no período da noite compareceram espontaneamente nesta Delegacia oito advogados que testemunharam todo o ocorrido e manifestaram interesse em serem ouvidos sobre os fatos que presenciaram, inclusive deixaram transparecer que iriam acionar a OAB, com relação à possível revistas que foram submetidos pelos Policias Militares no local dos fatos."


Assim estão os ânimos na Paraiba, no que tange as eleições para Governador, em 2010. Estamos entregues a quem , então?

O que seria de nós, pobres mortais se não tivéssemos fé?

Haja pedido de socorro à Deus!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Cabana
Caverna
Casa na árvore
Iglu
Palafita
Oca
Casa de taipa
Casa do caracol: caramujo
Casa do joão de Barro: ninho de barro
casa de Zabé da Loca: Loca em Monteiro, Paraiba

Casa de pássaro: ninho de galos


Quero casa com janela

Estratégia: Leitura pela professora

Na casa que o Galo Cucuduco construiu para Dona Galinha Ovolina parece faltar alguma coisa...De fácil leitura e, de certa forma, mesmo que não explicitamente observado pelo professor em sua prática em sala de aula, possui um nível de informação alcançável tanto por alunos maiores quanto os menores.

Aquecimento

-Ouvir, decorar e cantar a musica “ A casa”, de Vinicius de Morais;

-Imaginar a casa cantada por Vinicius

-Observar casas incomuns, através de gravuras ou fotos

- Desenhar a casa dos sonhos.

Leitura e desdobramentos

-Leitura, pela professora.

Quero Casa com Janela. Elza Sallut.Ática.São Paulo

Vem pra Roda:Xerloque da Silva em: O Rapto da Dorotéia


Xerloque da Silva em: O Rapto da Dorotéia

Planejamento e execução: Professora Ana Lucia

Turma: 2º Ciclo inicial

Estratégia: Leitura pela professora, em capítulos diários, gerando expectativas.

Pedrinho descobre que sua amiga sumiu. Decide sair à sua procura e de manhã cedo pega uma lupa e um boné velho do pai e convoca o Chico para servir de Dr. Watson.

Aquecimento

-Colar anúncios sobre o sumiço de Dorotéia, sem explicar quem é ela, gerando curiosidade e expectativas sobre este personagem.

Leitura e desdobramentos

Leitura, pela professora, em capitulos diários, após instigação sobre quem é e onde andará Dorotéia.

Xerloque da Silva em: o Rapto da Dorotéia - JOSUE GUIMARAES. L&PM ( Porto Alegre (RS) ). Ano: 1982. Edição: 4. ed. ...

domingo, 24 de outubro de 2010

arTeira TRAKKINA: Vem pra roda

arTeira TRAKKINA: Vem pra roda

Vem pra roda: O caracol




O Caracol

Planejamento e execução: Ana Lucia de S. Silva

Estratégia: Recitação

Aparentemente, este é um poema para crianças pequenas, devido à singularidade dos versos, das rimas e dos elementos concretos que passeiam pelos versos. Mas, ele tem algo interessante a ser desvelado pelos maiores. Sempre no segundo verso de cada estrofe verifica-se a idéia de ação, de movimento. Além disto, nos últimos versos que compõem as estrofes é possível entender que não podemos fazer tudo o que o outro faz, que há especificidades e individualidades entre os seres.

Aquecimento

-Jogo de amarelinha, em forma de caracol;

-Observação, leitura e análise de obras de arte:

" Caracóis Abstractos "Artista: Daniela Costa - Espinho - Portugal-Acrílico sobre tela - Novembro 2007

Metal e Vidro - 2008-Müvészeti Egyesület - Hungria

Óleo sobre tela. O caracol. Conceição Amorim Silva (artista plástica portuguesa). Abril, 207


Leitura e desdobramentos

-Recitação: cada estrofe por um grupo de alunos;

-Ampliação do conhecimento: informações sobre moluscos. (http://www.curiosidadeanimal.com/insetos_caracol.shtml)

O Caracol. Coleção Gato e Rato. Mary França. Ática. São Paulo



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ENTRA NA RODA: O Móbile (Sérgio Caparelli)


O Móbile

Planejamento e execução: Ana Lucia de Souza Silva

Estratégia: recitação

Turma: Todos os alunos da Escola, por turma.

A alegria e a liberdade são sentimentos presentes no poema, através da comparação entre palhaços e meninos, expressos no ato de dançar (movimento do móbile no ar). Por outro lado a sonoridade das rimas e a alusão ao ato de tocar instrumentos.

A fantasia, a curiosidade, a travessura e a calmaria da criança também se fazem presentes no poema.

Aquecimento

-Conversa informal sobre móbiles e sobre palhaços;

-Escrita do poema, pela professora, em um móbile contendo quatro palhaços;

-Apresentação do móbile;

-Observação dos movimentos do móbile

Leitura e desdobramentos

-Recitação do poema, pela professora, vestida de palhaço, fazendo palhaçadas, tentando tocar o móbile;

-Apresentação do livro de Sergio Caparelli, 111 Poemas para crianças e convite a uma viagem pela magia das rimas, da sonoridade, da fantasia, da poesia que os poemas provocam.


111 Poemas para crianças. Sérgio Caparelli. L&PM. Porto Alegre

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vem pra Roda


Advinha quanto eu te amo?

Planejamento e execução: Ana Lucia de Souza Silva

Estratégia: Leitura e Reconto

Turma: 1º Ciclo Intermediário-manhã

Quanto vale o amor entre pai e filho?

Na fábula, um esperto coelhinho entra num jogo de adivinhação com seu pai para mensurar a medida de seu amor por ele. Para isto usa seu corpo e em seguida elementos do seu habitat.

O pai a principio brinca, mas entra no jogo de aprendizagem com o coelhinho, fazendo-o entender a amplitude de seu amor pelo esticar de partes do corpo.

O coelhinho ao mensurar o amor do pai pelo tamanho do corpo percebe-se infinitamente amado e adormece.

Aquecimento

-Ouvir e cantar a musica “Dois Coelhos”,Cacaso.Composição: m-flo & Sowelu

-Confecção de orelhas de coelho

Leitura e desdobramentos

Leitura, em voz alta, com imitação de gestos dos dois coelhos, pelos alunos. A professora imita o coelho pai e as crianças imitam o filhote, cada vez que a professora ler as referidas falas e mostra as figuras.

Leitura, sem gestos.

Reconto por dois alunos

Sam MacBratney. Il. Anita Jeram. Trad. Fernando Nunes. São Paulo:Martins Fontes,1996.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

É primavera na Paraiba

A Paraiba quer mudar, vamos ao segundo turno




A Paraíba quer mudar
A despeito dos institutos de pesquisa alardarem aos quatro ventos que a eleição seria um plebiscito para Dilma e Zé, os eleitores mostraram que não é assim que a banda toca.
A Paraiba mostrou que, mesmo que Zé diga que somos analfabetos e trocamos 15 por 40, sabemos pensar.
Como podemos votar num candidato que diz que para melhorar a educação vai dar farda e ônibus?
Acorda Zé Maranhão, nós queremos mais para os paraibanos..queremos salário digno, formação continua, seguridade dos nosso direitos, motivação, elevação de nossa auto-estima, segurança dentro e fora da Escola,etc.
Nada contra a terceira idade( até porque me encaminho para isto), mas seu pé esta apenas no passado. Nos somos um povo que vive na era da tecnologia e da informação. Precisamos de governantes que tenham sensibilidade para entender que não estamos mais no antropocentrismo.
O momento é para pensar em sustentabilidade, inclusão, diversidade, acessibilidade, etc. Necessitamos de pessoas que tenham visão ampla, que busquem melhorias não so micro, mas também macro. Que façam no presente pensando no futuro que não vejam a paraiba como uma ilha. Que busquem melhorias para nosso planeta, casando o desnvolvimento, preservação do homem, dignidade do povo, mas, mais que isto, que coloque nosso Estado na rota do sucesso.
Campina Grande entendeu que não é Zé Maranhão o melhor para isto. Então, avante Ricardo Coutinho, temos sede de mudança.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FALANDO DE PRIMAVERA

Primavera
Sandro Botticcili (1444 – 1510)



Recuso-me a aceitar qualquer tipo de colonização, inclusive a idéia de estação do ano, tipicamente européia, que nos querem impor a qualquer custo.
Então acho inadmissível que os educadores, no afã de reproduzir conhecimentos, esqueçam de ajudar os alunos a refletirem sobre as idéias que nos são passadas pela mídia, pelos livros, etc.
As crianças começam agora a desenhar e pintar flores para agraciar a primavera.
Eu, no entanto, vejo a primavera em nossa cidade no mes de dezembro, quando os ipês estão florindo, com suas pétalas caindo ao sabor do vento, criando tapetes singulares. Ah!!! E o aroma? Hum, delicia de primavera, saudosa do inverno, submissa e entregue aos encantos do verão.
Mas, para não dizer que sou do contra, sugiro aos educadores que se utilizem de bons textos, boa música e das operações do pensamento para falar da primavera...rs, "para não dizer que não falei das flores"
Que tal começarmos com uma prosa de Cecília Meireles?

Primavera

Cecília Meireles


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.

Continuando...que tal recitarmos com Olavo Bilac?

Coro das quatro estações:
Cantemos! Fora a tristeza !
Saudemos a luz do dia:
Saudemos a Natureza !
Já nos voltou a alegria !
A Primavera:
Eu sou a Primavera !
Está limpa a atmosfera,
E o sol brilha sem véu !
Todos os passarinhos
Já saem dos seus ninhos,
Voando pelo céu.
Há risos na cascata,
Nos lagos e na mata,
Na serra e no vergel:
Andam os beija-flores
Pousando sobre as flores,
Sugando-lhes o mel.
Dou vida aos verdes ramos,
Dou voz aos gaturamos
E paz aos corações;
Cubro as paredes de hera;
Eu sou a Primavera,
A flor das estações !
Coro das quatro estações:
Cantemos! Fora a tristeza !
Saudemos a luz do dia:
Saudemos a Natureza !
Já nos voltou a alegria!

E, por que não cantar com Tim Maia?

Primavera
Composição: Cassiano / Sílvio Rochael
Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DIDÁTICO SOBRE CIDADANIA


TEMA: DIREITOS HUMANOS UNIVERSAIS E FORMAÇÃO DE VALORES

1-RODA DE LEITURA( `30)

AQUECIMENTO

Ouvir e cantar a música O Meu país, interpretada por Zé Ramalho

O Meu País

(Livardo Alves - Orlando Tejo - Gilvan Chaves)

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo


Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem Deus é quem domina
Que permite um estupro me cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram-se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país


Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo em comum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é, com certeza, o meu país

Uhm...
Uhm...

Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é, com certeza, o meu país


Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde a escola não ensina
E hospital não dispõe de raios X
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é, com certeza, o meu país

Uhm...
Uhm...

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo


Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura


Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o Brasil em mil brasis
Prá melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é, com certeza, o meu país.

Uhm...
Uhm...

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo 2x
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo


DESDOBRAMENTO

· Escutar com atenção a musica meu país (Zé Ramalho) acompanhando com o texto em mãos, mas silenciosamente, grifando as informações mais pertinentes, sob a ótica dos direitos humanos;

· De que direitos negados fala esta música? Por que isso acontece?
O que significa a atitude de ficar calado diante das injustiças e desigualdades?

· Anotar, num cartaz, as frases ou palavras que mais causaram indignação;

· Cantar o refrão: To vendo tudo...

· Levantar o seguinte questionamento: Estamos vendo mesmo?

· Que sentimentos estas constatações nos trazem? (Apatia, paralisia, Mobilização, Enfrentamento, etc.)?

· Tenho feito o que para mudar esta realidade?

· Cantar a musica a seguir:

Um Mundo Melhor

Cristina Mel

Uma vez teve um incêndio na floresta.
Os animais fugiam sem parar.
E o leão, na confusão, franziu a testa.
Quando viu o beija-flor ficando lá.
Indo ao rio e pegando em seu biquinho.
Um pouquinho, d´água pra jogar.
Num incêndio, bem maior que um passarinho.
O leão se interessou em perguntar:
Por que é que você está fazendo isso?
Se esse fogo é muito grande pra você!
Faço isso, porque essa é a minha parte!
Não me importa se você nao vai fazer.
Esse exemplo de responsabilidade.
Cada um de nós devia ter.
Bastam gotas de boa vontade.
Pra que a gente possa então fazer...

Um Mundo Melhor...
Pro futuro não ser mais apenas utopia.
Um Mundo Melhor...
Pra esperança se realizar a cada dia.
Um Mundo Melhor...Pra que nossos pais não tenham mais preocupações.
Um Mundo Melhor...
Pra todas as tribos, todas as nações.
Um Mundo Melhor...
Mais pra maioria e menos para minoria
Um mundo melhor...
A melhor maneira de fazer democracia.
Um Mundo Melhor...
Pra que todos possam ter a sua liberdade.
Um Mundo Melhor...
Liberdade, mas sem irresponsabilidade.
Um Mundo Melhor...
Onde a gente não precise mais pedir ajuda.
Um Mundo Melhor...
Onde tudo pra melhor o tempo todo muda.
Um Mundo Melhor...
Pra gente só fazer amor e não fazer mais guerra.
Um Mundo Melhor...
Pros seres vivos habitantes do planeta terra.
Um Mundo Melhor...
Pra aqueles que trabalham para um novo mundo.
Um Mundo Melhor...
Onde não exista medo nem por um segundo.
Um Mundo Melhor...
Onde ninguem mata pra matar a fome.
Um Mundo Melhor...
Pros homens de bem e para o bem dos homens.
Um Mundo Melhor...
Pra conciência dos que têm tudo nessa vida.
Um Mundo Melhor...
Pra quem não tem nada, nem um prato de comida.
Um Mundo Melhor...
Um Mundo Melhor...
Um Mundo Melhor...
Um Mundo Melhor...

  • Conversa sobre direitos humanos universais


A luta pelos direitos humanos só existe por força daqueles que não se conformaram com as injustiças.
Faça uma pesquisa sobre a luta de Gandhi, de Mandella, de Martin Luter King, de D. Helder Câmara, de Chico Mendes, de Ir Dorothy e outros tantos que defenderam a causa dos excluídos porque entenderam que a paz só é possível pela prática da justiça.
É possível viver com sentido sem abraçar a causa de melhorar a vida das pessoas

2- AMPLIAÇÃO DO UNIVERSO CULTURAL, A PARTIR DO TEMA ( `20)

  • Escute, leia e analise a música Haiti:

Haiti

Interpretação: Afroreggae
Composição: Caetano Veloso e Gilberto Gil

Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos
atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for à festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for transar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

A música Haiti, de Caetano Veloso, oferece meios para que façamos uma avaliação dos direitos humanos no Brasil, sob um prisma sociológico.

Os soldados que machucam os malandros ou ladrões são, eles mesmos, pobres. E até mesmo os quase brancos são vistos como quase pretos, como uma alusão à pobreza, que os torna vulneráveis à marginalização. A cor preta, vista, então, como adjetivo que qualifica o mau.

Por outro lado, ele parece nos convidar, parodiando com “O Haiti é aqui”, a percebermos esta realidade, mas a lutar, entendendo que Direitos Humanos Universais passam necessariamente pela Humanização e Universalização dos direitos em nossa realidade mais próxima.

3- LEVANTAMENTO DE CONHECIMENTOS PRÉVIOS ACERCA DOS DIREITOS UNIVERSAIS (`60 ):

OFICINA DE DIREITOS

Primeiro momento

Tempestade de idéias

Anotem todos os direitos que vocês têm e que puderem lembrar

(solicitar que escrevam numa tarja, observando o que os outros escreveram para não haver repetições);

Segundo momento

Sistematizando as idéias

  • Organizar um mural com as respostas, mas considerando o agrupamento: Direitos civis, direitos políticos e Direitos Sociais;
  • É Possível estabelecer relações entre estes três conjuntos de direitos? Como? Quais os resultados?
  • O que sabemos sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos?
Terceiro momento

Ampliando as idéias

Declaração dos direitos Humanos Universais

Aprovação:

· 10 de dezembro de 1948, Assembléia Geral da ONU;

· O documento atual foi escrito pelo canadense John Peters Humphrey, com a ajuda de diversas pessoas de todo mundo, incluindo Estados Unidos, França, Líbano, China e etc.;

· Não representa uma obrigatoriedade legal, mas serve como base para dois tipos de tratamento dos direitos humanos da ONU, de força legal, o Tratado Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Tratado Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais;

· Em resumo a Declaração reza que todos temos direito a:

- educação
- alimentação;
- saúde;
- habitação;
- propriedade;
- participação política;

- lazer.


Quarto momento

Pensando sobre esta temática, com vistas aos direitos educacionais

· Analisemos estes direitos em nossa conjuntura social atual? Qual a nossa realidade?

· O que temos feito pela garantia destes direitos?

· Como estamos evidenciando estes direitos em nossa prática Educativa?

· Como vemos nossos alunos? Quais os direitos que lhes estão sendo garantidos e os que estão sendo negados?

RECORTE DA LEI DE DIRETRIZES E BASES: DIREITOS E DEVERES

“O principio que está por detrás da introdução da LDB é de que a escola deve preparar o aluno para se adaptarem ao desenvolvimento econômico, os avanços tecnológicos e evolução comercial. A escola deve preparar o aluno para um bom relacionamento no mundo dos negócios e uma mentalidade empreendedora. A importância é valorizar a livre iniciativa com criatividade, motor de desenvolvimento, já que o diploma não é garantia de espaço no mercado. A educação precisa deixar de ser alfabetizadora ou profissionalizante uma educação como construção pessoal. Paulo Freire, a esse respeito, assinalou em A Pedagogia do Oprimido: ”Ditamos idéias. Não trocamos idéias. Discursamos aulas. Não debatemos ou discutimos temas. Trabalhamos sobre o educando. Não trabalhamos com ele. Impomos-lhe uma ordem a que ele não adere, mas se acomoda. Não lhe propiciamos meios para o pensar autentico. ..Não as incorpora por que a incorporação é o resultado de busca, de algo que se exige, de quem o tenta, esforço de recriação e procura. Exige reinvenção”.

Por isso uma das conseqüências da nova LDB é propor princípios para a construção dos currículos escolares e objetivos educacionais de cada matéria. Propõe assim princípios que valorizem o auto desenvolvimento pessoal, o respeito mútuo, para o efetivo exercício da cidadania, e a relação com a natureza e as matérias primas do processo produtivo, pressupostos essenciais para cumprir o dito no parágrafo 2o. do artigo 10. da LDB”.

Jorge Barcellos, http://302284.vilabol.uol.com.br/LDB1.htm

Dos deveres do docente segundo LDB 9394/96(20 de dezembro), artigo 13

  • Participar da elaboração da Proposta Pedagógica da Escola;
  • Elaborar plano de trabalho em consonância com a Proposta Pedagógica (Deve eliminar a questão tão freqüente “eu sempre trabalhei assim e deu certo”);
  • Estabelecer estratégias de recuperação para alunos de menor rendimento;
  • Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, com seu plano de aula, espaço, material e tempo previamente organizado;
  • Participar, integralmente, dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
  • Zelar pela aprendizagem dos alunos, especialmente daqueles que apresentam mais problemas;
  • Organizar e participar das atividades tradicionais da Escola, incluindo eventos culturais, reuniões, atendimento às famílias e etc.;

O INCISO TRES RESUME: ZELAR PELA APRENDIZAGEM OS ALUNOS, NÃO CABE A MAIS NINGUEM , SOMENTE AO PROFESSOR.

Dos deveres dos alunos, segundo a LDB

  • A correção e a disciplina continuam - não se fará em função de imposição de uma pena, mas como esforço de recomposição da personalidade do educando.
  • O aluno tem razão quando a punição é feita sem justificativa, mas perde-a quando não. Inclusive para os juristas, é importante que tanto quem impõe o tratamento corretivo quanto quem o recebe estejam convencidos de que não se cogita de retaliação mas tentativa de recuperação”. Isso é ao mesmo tempo, no interior da escola, garantia de justiça social: aluno ou pai, se constatar alguma medida tomada como desforra ou represália, pode ser chamado a responsabilidade”.
  • Em nenhuma espécie, a lei prevê a possibilidade do crime juvenil; ao contrário, seu espírito é o de advogar uma preocupação constante com a extinção dos atos considerados anti-sociais, mediante tratamento médico, psiquiátrico, psicológico, pedagógico.
  • Para isso, é perfeitamente legal, que os estabelecimentos de ensino, em seus respectivos regimentos escolares, estabeleçam o regime de direitos e deveres a que devem viver alunos e professores. A lei garante que, em primeiro lugar, sejam preservadas a disciplina e a ordem da escola, sem as quais a aprendizagem não tem condições de se concretizar em clima de liberdade e responsabilidade.

A responsabilidade da família

· Eles devem fazer a matrícula dos alunos;

· Ao pais são obrigados a matricular no ensino obrigatório seus filhos, zelando por sua freqüência e rendimento escolar”e “participar e colaborar com a associação de pais ou outras entidades de cooperação com a Escola”.

· Nesse sentido, o Estatuto da Criança e do Adolescente se revela declara e acrescenta que os pais têm o direito de “ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais”.

· Seus diversos incisos também enumeram novos direitos para a criança e adolescente na escola, como: 1 – igualdade de condições de acesso e permanência na escola II - direito de ser respeitado por seus educadores III – direito de contestar critérios avaliativos IV – direito de organização e participação em entidades estudantis e V – acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência.

· Da mesma forma, o Estatuto da Criança e do Adolescente segue orientações da Convenção de 14 de dezembro de 1960, da UNESCO, que estabelece “a liberdade dos pais, de escolher para seus filhos estabelecimentos de ensino... que obedeçam as normas mínimas [de ensino]”.

Jorge Barcellos, http://302284.vilabol.uol.com.br/LDB1.htm

DECLARAÇÂO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA

1º Princípio – Todas as crianças são credoras destes direitos, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, condição social ou nacionalidade, quer sua ou de sua família.

2º Princípio – A criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. As leis devem levar em conta os melhores interesses da criança.

3º Princípio – Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade.

4º Princípio – A criança tem direito a crescer e criar-se com saúde, alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas, e à mãe devem ser proporcionados cuidados e proteção especiais, incluindo cuidados médicos antes e depois do parto.

5º Princípio - A criança incapacitada física ou mentalmente tem direito à educação e cuidados especiais.

6º Princípio – A criança tem direito ao amor e à compreensão, e deve crescer, sempre que possível, sob a proteção dos pais, num ambiente de afeto e de segurança moral e material para desenvolver a sua personalidade. A sociedade e as autoridades públicas devem propiciar cuidados especiais às crianças sem família e àquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.

7º Princípio – A criança tem direito à educação, para desenvolver as suas aptidões, sua capacidade para emitir juízo, seus sentimentos, e seu senso de responsabilidade moral e social. Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito.

8º Princípio - A criança, em quaisquer circunstâncias, deve estar entre os primeiros a receber proteção e socorro.

9º Princípio – A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, abandono, crueldade e exploração. Não deve trabalhar quando isto atrapalhar a sua educação, o seu desenvolvimento e a sua saúde mental ou moral.

10º Principio - A criança deve ser criada num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.

5- TRABALHANDO COM ROTINA (`30): garantindo o direito do aluno ter uma aula bem planejada e saber o que vai acontecer durante esta aula

Primeiro momento

Tematizando a prática

  • Observe o que está escrito nas papeletas e organize-as num quadro de rotina, a partir do que você desenvolve em sua sala de aula, de acordo com sua rotina diária;
  • Agora, em grupo, preencha as características de cada atividade, conforme exposição da formadora, na tabela dada;
  • Leia com seu grupo o texto sobre rotina e analise a proposta de uma dada professora para uma turma de alfabetização ( considere aspectos considerados, como: sujeito da aprendizagem, objeto de estudo e didática);
  • Observe o que você faz que já está contemplado no texto e o que você não faz, teça considerações ( atente para o que está escrito nas papeletas, separe o que é atividade, o que é estratégia e o que são recursos);
  • Agora reorganize sua própria rotina, no cartaz e na folha dada.
  • Afixe em sua sala e faça cumprir

AGUARDEM CONTINUAÇÃO: ESTAREMOS FAZENDO A TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA DA TEMÁTICA